terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Paradoxo Humano

O momento atual é de reflexão, serenidade e principalmente motivador de um profundo estudo do sistema político, econômico e social, daí a existência dos fóruns, seja econômico, seja social, resultados de encontros de grandes líderes políticos, grandes cientistas, grandes empresários, e demais representantes sociais, o que nos deixa a pensar sobre quais variáveis estão a real questão desses estudos, o quadro é desolador e exige criatividade, união, parcerias e oportunidade para a busca da solução do momento.
Estamos no momento da necessidade de transparência, da verdade, da responsabilidade, do retorno dos valores morais da sociedade humana, que se deixou levar por outros valores não convencionais, elevando a egocentrismo como bandeira, na busca de levar vantagem sobre os menos favorecidos. Ficamos reféns de ações que nos enebriavam com fantasiosos resultados, sem perceber o grande maléficio que estavamos praticando, não percebemos que, para cada ação há sempre a uma reação igual e oposta, que sempre nos circunda, demonstrando com isso os resultados de nossa insignificância.
A humildade dantes esquecida deve representar a bandeira da sociedade que após contemporizar os grandes erros praticados, onde é chegado o momento das ações mais humanísticas, que respeitem o semelhante, o meio ambiente, para que retorne o equilíbrio perdido no mar de insanidades praticadas, mas que podem ser contornadas, desde que o medo e ações sejam enfrentados e exercidos. Como poderiamos imaginar que a natureza cobraria um preço elevado por ações depreciativas praticadas pelo homem, como poderiamos imaginar o desequilibrio financeiro causado por ações que elevavam a fantasiosa gula por desejar possuir muito mais, como poderiamos imaginar que um NEGRO eleito presidente da maior potencial mundial representaria a única esperança do retorno ao equilibrio entre homens, natureza, emprego, agravos sociais, agravos ambientais, rivalidades religiosas e demais desequilibrio, ainda bem que existe essa esperança.
Como poderiamos imaginar que um mulçumano se tornaria o maior elo de ligação entre as religiões e que através delas poderá representar a salvação da esperança de toda a humanidade, mas primeiramente ele deverá salvar a economia americana, obviamente, mas acredito que deva se apressar, pois temo informações que determinados estados, como o Estado da California o mais rico e mais populoso dos EUA, está falido, segundo informações do seu governador Arnold Schwarzenegger, que como sabemos é ator de cinema de ação e aventura, onde sempre se saia vencedor, e está sentindo e clamando que seu estado está falimentar, após haver realizado diversas ações contentoras do orçamento estadual.
Não há dúvidas quanto as dificuldades, sofrimentos, e recursos que essa crise vai degustar e as previsões informadas para conte-la é de no mínimo 3 (três) anos, se houver os recursos, instrumentos, aceitação e aprovação politica para serem aplicados em sua contenção.
Como poderiamos imaginar que os EUA quebrariam sua própria economia, a maior economia do mundo, entrando em depressão e causando o desespero de sua população, seu estilo de vida americano, seus veículos, suas casas, suas empresas, seus empregos, seus bancos, seus prêmios nobeis, suas melhores universidades, e demais, que serviam como modelo e inveja para os demais países e hoje se encontra em situação deplorável e dependente dos países emergentes para que possa reequilibrar sua economia.
Como poderiamos imaginar que a gula por manter um status de riqueza, deixaria o homem refem de sua ganância, submetendo toda a HUMANIDADE a prejuízos e sofrimentos incalculáveis, e que esse fato isolado praticado pela minoria, seria o causador do caos econômicos, financeiro e social que assola toda a humanidade.
Segundo a frase atribuída a Fidel Castro:
“JESUS CRISTO foi o primeiro socialista: ele dividiu, o pão, vinho e peixe, e JUDAS foi o primeiro capitalista, ele vendeu JESUS CRISTO por trinta moedas”, em seguida se enforcou.
Quando poderíamos entender que a transparência e responsabilidade, palavras tão divulgadas pala mídia, livros e demais meios de comunicação se tornariam tão importantes para sobrevivência e continuidade da humanidade.
O que podemos aprender diante desses fatos que estão destruindo e reduzindo riquezas, economias, poupanças e bens, se estamos frente a um obstáculo magnânime que fatalmente nos indica como réu e vítima dessa crise.
O homem que fabrica máquinas que polui o meio ambiente é considerado desenvolvido, mas somente agora percebemos o mal que nos causam pelo ar limpo que desejar respirar e é fatal para existência do homem.
O homem que desmata sabendo da necessidade das árvores para sua sobrevivência é considerado desenvolvido?
O homem que frauda suas empresas na busca de oferecer vantagem aos acionistas na valorização de suas ações é considerado desenvolvido?
O texto é de Nassim Nicholas Taleb, inserido no “The Fouth Quadrant: A Map of The Limits of Statistics”:
“O conhecimento estatístico e probabilístico está na essência do conhecimento; estatística é o que diz se algo é verdadeiro, falso ou meramente curioso; é a lógica da ciência; o instrumento para assumir risco; a ferramenta aplicada da epistemologia (teoria do conhecimento); não se pode ser um intelectual moderno e não pensar probabilísticamente – mas..... não sejamos cretinos. O problema é muito mais complicado do que parece para o usuário casual e mecânico, que aprendeu isso na universidade. Estatísticas podem te enganar. Na verdade, elas estão enganando o Governo agora mesmo. Elas podem até quebrar o sistema (vamos encarar: o uso de métodos probabilísticos para estimativa de risco acabou de explodir o sistema bancário).”
Talvez agora possamos entender o sentido de algumas palavras, tais como: VERDADE, RESPONSABILIDADE, TRANSPARÊNCIA, VALORES MORAIS.
Talvez agora possamos entender, que ler corretamente e mesmo entender corretamente representam ações que devem está ligadas diretamente à praticidade das ações, que apesar de humanos, crentes, e sermos considerados um animal racional nossas ações práticas foram caracterizadas pela nossa irracionalidade, o que nos torna mais irracional que os demais animais.
Somos considerados os seres mais inteligentes do planeta, por sabermos ler, interpretar, entender, praticar ações, fabricar, prestar serviços, inventar, orar, ganhar prêmios, mas o que estamos fazendo com nossa inteligência.
Não é estranho que sejamos os seres mais inteligentes do globo e estejamos impotentes diante dos obstáculos encontrados para que possamos delebar essa crise criada por nós mesmos?

Fonte:(Portal da Classe Contábil) Autor: Elenito Elias da Costa

Um comentário:

  1. O presente artigo foi brilhantemente escrito e seus autor merece aplausos e deveria ser copiado por todos os sites do Brasil.

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