quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ANTAGONISMO ENTRE SETORES PÚBLICOS



No governo municipal, a administração é dividida em diversas secretarias e setores, como secretaria da educação, da saúde, do turismo, do esporte, da agricultura, da indústria e comércio, etc.; cada qual criada para dedicar-se ao atendimento de sua função específica.

Para satisfazer ao propósito da gestão pública, que deve ter como foco a contribuição plena às necessidades da população, estas secretarias precisam desenvolver seus projetos e trabalhos de maneira que resultem em crescimento social.

Mas na prática, o comportamento desses órgãos resulta em um crescimento social (quando existe) lento e mais oneroso que o necessário; pois quando são chamados pelo setor de planejamento para apresentarem seus planos de trabalho para embasar a formação do orçamento geral, parecem não ter noção da responsabilidade que isso representa, deixando uma impressão que esta etapa compete somente ao setor de planejamento. E no decorrer da gestão, quando suas requisições não podem ser cobertas pelo orçamento, se fazem incompreendidos e acusam de negligente o setor que planeja.

São secretarias que trabalham de forma individual, desintegrada da ideologia única, que seria a população. Comportam-se como empresas concorrentes entre si, sobrepondo interesses individuais aos interesses coletivos, anulando os resultados para que foram criadas.

Parece absurdo, mas para citar apenas um dos muitos exemplos, tem secretarias da saúde e secretarias da promoção social que empurram uma para a outra a responsabilidade de quem levará alguém que necessita de assistência da AACD, sobre quem arcará com a dotação para cobrir os custos.

Claro que cada secretaria tem suas atribuições pré-estabelecidas, mas estando uma impossibilitada (o que não deveria acontecer), justifica-se o atendimento pela outra. O importante é que cada secretaria tenha acima de suas próprias metas, um objetivo comum a todos os setores, trocando experiências num sentido de integração e cooperação para aperfeiçoamento do trabalho sem privar ou atrasar o atendimento à população; garantindo a todos o que lhes são por direitos e que nunca é demais lembrar: saúde, educação, trabalho, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados.

Afinal, recebem seus salários para quê?

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